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Como a sua organização se comporta?


O comportamento organizacional é um campo de estudo voltado a prever, explicar, entender e modificar o comportamento humano no contexto das organizações[1].

A definição dos teóricos deixa bem clara a participação do comportamento humano no comportamento organizacional, afinal, o que é uma organização sem as suas pessoas?

Isto posto, não há como entender e modificar o comportamento organizacional sem entender de pessoas. Muitas vezes, reclamamos ou ouvimos reclamações sobre o local de trabalho, que ele poderia ser mais justo, mais isso ou menos aquilo, que deveríamos ter mais qualidade de vida no trabalho, etc. Mas só conseguiremos essa melhoria atuando com visão estratégica na gestão de pessoas.

Estudando bastante e observando na prática, ainda não encontrei outro caminho, pois uma organização sem suas pessoas resume-se a um amontoado de móveis e sistemas, nada mais.

Mas e a substituição do homem pela tecnologia? Ah, sim, ela é crescente, porém, o fator humano sempre estará presente em algum momento. O trabalho humano não será extinto, ele está, sim, transformando-se. E isso acontece em todas as mudanças, lembrando que a vida é uma mudança constante e devemos ter uma visão para além do agora.

Mas, voltando ao comportamento organizacional... Subdividindo didaticamente, temos o comportamento micro-organizacional (foco no indivíduo e no seu comportamento ao trabalhar sozinho), o comportamento meso-organizacional (foco no comportamento das pessoas ao trabalharem em grupo/equipe) e o comportamento macro-organizacinal (comportamento das empresas inteiras, ou seja, foco nas organizações).

No dia a dia organizacional, tudo isso está inserido em um contexto organizacional, onde entram aspectos como a forma de estruturação da organização, o fluxo dos processos, como se dá a hierarquia e o controle do poder, como é a cultura organizacional e como é o estilo de gestão adotado.

Cada ser humano tem suas características únicas, sua aptidão cognitiva geral, seus traços psicológicos. E essa diversidade é uma arma poderosíssima nas mãos de gestores inteligentes, pois a chave do sucesso está em potencializar essas diferenças, fazendo com que cada indivíduo ofereça o que tem de melhor.

Conseguindo isso, o líder forma uma equipe aproveitando as competências de cada membro e conjugando as diversas habilidades para que o grupo como um todo trabalhe melhor. Com pessoas corretamente alocadas, sentindo-se pertencentes à organização, atua-se na qualidade de vida no trabalho, melhora-se a produtividade, ferramentas de motivação ficam à disposição de todos, possibilitando o autodesenvolvimento e o crescimento na carreira. Com isso, temos um clima organizacional saudável e uma organização saudável.

Algumas pessoas dirão que estou sendo romântica, que isso não é possível.

Bem, o mundo nunca será um conto de fadas. E também não acredito em organizações perfeitas, até porque o perfeito é uma questão de conceito individual. Mas ter organizações melhores e mais saudáveis é possível, sim! Contudo, para que isso ocorra, é imprescindível o apoio e a atitude da alta cúpula, bem como a presença de um corpo de líderes desenvolvidos, detentores de conhecimentos, habilidades e atitudes próprios da liderança.

Esse é o caminho para que sua organização "comporte-se bem"! Ou para que comece a "melhorar o seu comportamento".

Aos que insistem em achar que isso é romantismo, sugiro que tentem estimar o custo (monetário e humano) das decisões e políticas erradas, do estresse ocupacional, do absenteísmo, do turnover, do não investimento no desenvolvimento de suas lideranças e colaboradores.

Fica como reflexão... Lembre-se: a gestão moderna consiste em gerir processos e LIDERAR pessoas!

[1] Fonte: WAGNER, J. A.; HOLLENBECK, J. R. Comportamento organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2012.

 
 
 
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